Arrasto seu corpo cuidadosamente para que nenhum imprevisto pule de lá, vasculho cadernos, papéis soltos, frases que não terminei, quis ir até o fundo da gaveta; tudo isso, sem permitir brechas de luz, tateando como leitura em braile; de repente meus dedos vieram parar aqui.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
SEM ASSUNTO E PALAVRAS DE SOBRA
Sem assunto, mas sempre com algo na ponta língua, querendo soltar, querendo explodir, querendo ludibriar minha maneira. Cisma que enche a boca de saliva. Dedos que correm feito criança pelo papel. Quero compartilhar minhas coisas, coisas alheias, coisas que me passam a vista como que diante da tela grande, deslumbrada, feito estrela que orgulhosa-cadente realiza um desejo.
Tudo só pra dizer um bocado, só pra forrar a mesa e servir arroz com feijão. Só pela pretensão de ter, quem sabe, você sentindo comigo.
Quando achamos que "nunca vai acontecer comigo", a vida trapaceia. Histórias de mulheres que arrancaram seus próprios espinhos.
Rosemeri Sirnes
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2 comentários:
Boa noite e beijão de amigo.
Linda, sensível, a homenagem!
Um beijo
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