domingo, 14 de dezembro de 2008


EXPLOSÃO DO AMOR

Todas as manhãs você levanta, abre as janelas e diz que já é hora de acordar. O sol atravessa a coberta e me cutuca. Você sempre soube do meu mau humor, por isso seu bom dia me beija sorrindo e eu não consigo, senão, devolver o mesmo gracejo.

Quando resolvemos morar juntos achei que não tinha vocação para dividir essa vida em dois,
mas eu sempre guardei a sua fatia.

Meu bem, agradeço por subverter minhas teorias desde o primeiro momento; inclusive as de Feng Shui, eu achando que tudo girava em torno de uma disposição de móveis; você soube me contrariar, dando nova cara a casa toda semana, dando o nosso sentido. É uma delícia ter teus pés aquecendo os meus quando a coberta cisma em tender para o seu lado.

Agradeço por entender que a tv ligada me incomoda quando eu quero dormir; sem pensar como minha mãe, que tudo é psicológico, ou pensando, em silêncio compreensivo.

Quando você veio trazendo o sofá de dois lugares, a geladeira, o microondas, o espaço era pequeno e fomos nos espremendo, nos livrando dos excessos e nos adaptando, você me fez entender de superflúos, você controlou as minhas extravagâncias, você me amou acima de tudo e a minha casa foi tomando ares de nossa.

Desde o início você sabia que eu não era nenhuma chefe de cozinha, nem tinha vocação, e foi destrinchando receitas comigo; nos divertimos fazendo bolos solados e comidas insossas e morremos de rir quando achamos que tudo vai dar certo até a primeira colher na boca.

Eu te amo por você entender que às vezes respiro melhor sozinha.

Eu te amo pelas missas de domingo que você foi sem me cobrar companhia.

Eu te amo por beijar-me o pescoço e pedir pra deixar a louça para amanhã.

Eu te amo por ser meu companheiro de fato, sem exigir regalias.

Eu te amo pelos almoços de domingo dos quais fazemos questão, pela mesa posta, pelo olhar que me lança pedindo a sobremesa.

Eu te amo porque você abraçou não só a mim, mas a toda minha família.

Eu te amo pelo entendimento e compreensão de cochilos à tarde.

Você não se assustou quando eu disse que você era o homem da minha vida, e eu soube disso muito antes de pronunciar todas as sílabas.
Nosso amor de banco de praça, foi tomando as ruas, vielas, passarelas, nosso amor foi se mostrando, ganhou a igreja e os meus anos. Agora nosso amor ganha agregados, o nosso amor começa a dar frutos e eu ainda não me acostumei a tanto amor multiplicado.

Eu te amo pela vida que traçamos, pelo presente e pelo futuro que espelhamos.



Rosemeri Sirnes




4 comentários:

Abraão Vitoriano disse...

Que maravilha!!!!!!! Fogos pra você, me encantei com tudo...

Natasha disse...

Ai, quanto tempo não passo por aqui! Rose Maria, eu me liberto quando leio seus fragmentos. Parabéns!
Bjks

Caverna de Adulão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ester disse...

Olá Rose!

Quero lhe desejar um super Natal, cheio de muitas alegrias e muito amor junto dos seus! Que 2009 seja um sopro de coisas boas em sua vida, que venham a realização dos seus sonhos mais caros!

Obrigada por ter feito parte de um time que alegrou muito meu coração em 2008!

Que venha o Ano Novo, cheio de novidades e ainda mais alegrias para todos nós!

bjs de luz!