domingo, 15 de fevereiro de 2009


Foto: António José Calado de Sousa


ALÉM DO CORDÃO UMBILICAL

Mamãe ainda guarda coisas que só acredito vendo, como por exemplo, os sapatinhos de croché que já nem servem para posteridade de tão amarelados. Mamãe guarda o pedaço que nos uniu durante toda a gestação e algumas supertições dos antigos. Vez em quando ela me serve um desses chás de não sei o quê e aplica compressas de misturas loucas nas minhas contusões, mal sabe ela o poder de sua fé.

Costumo dizer que ela me dá freios, nas decisões que pretendo tomar, ela é meu comprimido para as ansiedades, ela me ensina que nada nessa vida cai do céu e eu acredito quando ela diz que o que é meu está guardado, eu acredito nela por essa fé que ela põe na minha vida desde o nascimento, desde quando a minha vida prematura mostrava que eu não ía vingar.



Rosemeri Sirnes

3 comentários:

[ rod ] ® disse...

Mãe é tudo igual, mas neste caso sou eu quem guardo pequenas coisas da infância... meu primeiro relógio, minha primeira farda do colégio e a primeira bola de gude.r.s.s.

e me divirto mostrando isso.r.s.s

Bjs moça,










Novo Dogma:
convenHamos...


dogMas...
dos atos, fatos e mitos...

http://do-gmas.blogspot.com/

Fernando Rocha disse...

É como bem escreveu o Cazuza: "Só as mães são felizes".

Ester disse...

Mãe é tudo igual²

elas só mudam de endereço,

gostei da singeleza desse texto, as recordações maternas são presentes caros,

muito lindo!