sexta-feira, 23 de abril de 2010


DA SÉRIE: AS COISAS QUE DEIXEI PELO CAMINHO

Foto: Sérgio Silva

“Eu odeio quando as palavras fazem sentido em mim, mas isso é besteira, coisa de quem sente a música como a chuva e se emociona.

Espero que o tempo aí esteja bom, aqui o céu tá nublado; mais cedo apareceu um sol entre nuvens só pro céu sorrir e voltar a dormir.

Tudo bem por aqui, e o mesmo jeito de não querer parar em mim, vontade de dançar, de me mexer. Meu corpo só sente preguiça porque tem vontade própria."

“Eu não vou escrever hoje, porque o dia é triste e eu não tenho como escapar.”

“Às vezes eu quero um amor e às vezes eu quero sossego.”

“Quis um dia que você tivesse ficado, quis na época com tanta força, que pensei ser capaz de querer por nós dois.”

“Escrevo para ti quando as coisas não param em mim.”

"Quero nunca te fazer mal, nunca te ferir com as palavras que são meu sopro. Tua paz me interessa, teu bem, tua grandeza me interessa, teu posto maior, tua alegria e a tua conquista. Meu bem, teu bem é bem maior."

"Assina todas as letras do teu nome, preciso da sonoridade do o, es. Não coloque um ponto final, não gosto dessa coisa Caio F. Gosto da extensão, embora o fim nem sempre seja uma coisa ruim."

"E eu perguntei se você gostaria de fazer um único pedido e você desejou que as pessoas sumissem, e naquele momento nós queríamos a mesma coisa."

“Olho os pulsos com frequência, parte frágil do meu corpo, pele fina, veias aparentes, fio da minha vida. Tenho medo de mim quando ignoro as fotos no meu quarto, tenho medo de apagar as luzes e ficar comigo assim sem vontade.”

“Como é doce o teu sabor, ainda que eu não possa engolir todo o teu mel, eu posso provar do teu açúcar mais gentil.”

“Três colheres rasas, dissolva em água morna, despeje devagar para que não desande. Espere esfriar. Consumir em até três dias. Com você é tudo assim, dosado, cheio de contra-indicação e fome.”

Rosemeri Sirnes

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